Dr. Gilvan Alves
A gente não vai bancar a “tia chata” dizendo que fumar faz mal, que mata, que das 4.720 substâncias químicas que entram na composição do cigarro, mais de 60 já foram identificadas como cancerígenas... Nada disso, até porque vocês já sabem. O post de hoje é mais um toque de amiga: a aparência é a primeira vítima do cigarro, sem dúvida.
A “perversinha” é a nicotina, um líquido tóxico presente nas folhas do tabaco e que já era utilizado em 1690, na França, como inseticida. Aquele “biquinho” feito na hora de tragar contrai os músculos ao redor de toda a boca, o que favorece o surgimento de rugas em torno dos lábios. Não por acaso, essas marcas de expressão são conhecidas como 'boca de fumante'. Isso sem citar o hálito, que nenhuma bala de menta resolve.
A lista de prejuízos à beleza continua: pele levemente acinzentada, flacidez e envelhecimento precoce. E para as meninas, a notícia é ainda pior: “As mulheres sofrem mais os efeitos devastadores da nicotina, por conta da queda no hormônio feminino, o estrogênio”, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – DF, Dr. Gilvan Alves. “A nicotina deixa traços também nas mãos, que ganham coloração amarelada nas pontas dos dedos e placas das unhas”, completa o médico.
E não adianta tapar o sol com a peneira: os fumantes adeptos de tratamentos estéticos costumam ter resultados abaixo da média. “Esses pacientes obtêm resultados, mas nunca chegam ao ideal”, conclui Dr. Gilvan. De novo a culpa é da nicotina: além de causar dependência, ela tem efeito vasoconstritor na microcirculação sanguínea. Traduzindo: ela reduz o diâmetro dos pequenos vasos, dificultando a chegada de oxigênio e de nutrientes que as células recebem através do sangue. Resultado: a pele perde o viço e o fumante, a beleza.
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